Um número crescente de nações árabes alinhadas com Israel está rejeitando a reivindicação palestina sobre o Monte do Templo, alegando que é um insulto ao islã. Parece de fato que os esforços palestinos para dominar o lugar mais sagrado do judaísmo tem mais a ver com uma batalha escatológica descrita no Zohar do que com a teologia islâmica.
Uma nova iniciativa saudita na mídia dedica-se a refutar a reivindicação palestina sobre o Monte do Templo, enfatizando pelo contrário a importância religiosa de Meca e Medina, alegando inclusivamente que o Monte do Templo não tem qualquer significado para o islamismo.
“Segundo os sauditas, a campanha é em resposta aos palestinos que insultam e humilham o reino da Arábia Saudita pela sua cooperação com Israel, tanto online, como em muitas demonstrações no Monte do Templo às sextas-feiras” – lê-se no relato.
Os judeus pelo mundo a fora voltam-se na direção de Jerusalém e do Monte do Templo quando oram. A lei islâmica ordena a “qibla”, requerendo que os muçulmanos se voltem para a Kaaba, em Meca, quando oram. Isso está expresso num ensino do Corão revelado a Maomé no segundo ano hijri. Antes desta revelação, Maomé e os seus seguidores em Medina voltavam-se na direção de Jerusalém quando oravam, copiando o modelo dos judeus que viviam em Medina.
O mais absurdo na reivindicação palestina é que quando eles sobem ao Monte para orar, voltam as suas costas ao Domo da Rocha e viram-se na direção de Meca.
A importância do Monte do Templo para o islamismo é de fato cada vez menor, pelo menos no discurso mediático na Arábia Saudita. Muitos dizem até que elevar a importância do Monte do Templo de Jerusalém ao nível de Meca e de Medina é um verdadeiro insulto. De fato, Jerusalém não é sequer citada uma única vez no Corão. O islamismo xiita nunca aceitou Jerusalém como cidade sagrada, sendo para os seus membros a cidade de Najif, no Iraque, a segunda cidade mais sagrada. É ali que está sepultado o seu fundador, Ali bin Abi Talib. Muitos dos anciãos xiitas – iranianos e do Hezbollah – só começaram a chamar santa à cidade de Jerusalém após a rebelião de Khomenei, em 1979, de forma a evitar que os sunitas os acusassem de serem meigos com os sionistas.
PROFECIA DO ZOHAR
Uma profecia dos teólogos judeus divulgada em sinais do século 16 alega que “os filhos de Ismael (os árabes) farão guerra ao Messias, e virão curvar-se diante de Deus no monte santo de Jerusalém.”
Tudo o que os judeus precisam é que o islã desvalorize o seu lugar mais sagrado (para os judeus), de forma a que ali possam erigir o tão almejado Terceiro Templo…