O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse no domingo passado que a disseminação do coronavírus 2019nCoV para fora da China pode ser mais comum do que se acredita e acelerará no futuro.
“Houve alguns casos preocupantes de propagação do 2019nCoV através de pessoas sem histórico de viagens à China. A detecção de um pequeno número de casos pode indicar uma transmissão mais difundida em outros países; em resumo, podemos estar vendo apenas a dica do iceberg”, alertou Ghebreyesus no domingo passado em sua conta no Twitter.
Ao mesmo tempo, ele pediu à comunidade global que aproveitasse o tempo ganho graças à contenção da infecção e que os países criassem planos para combater o coronavírus, caso este chegasse ao seu território.
“A extensão do 2019nCoV fora da China parece ser lenta agora, mas pode acelerar. A contenção continua sendo nosso objetivo, mas todos os países devem usar a janela de oportunidade criada pela estratégia de contenção para se preparar para a possível chegada do vírus”. escreveu o chefe da OMS.
Enquanto isso, a infecção já matou mais de 900 vidas na China e já infectou mais de 40.000 pessoas naquele país. Esses números a tornam uma epidemia mais mortal do que o surto de SARS, quase duas décadas atrás.
