O presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou o governo dos EUA de “empurrar o Brasil para um conflito armado com a Venezuela”.
“Pedimos aos setores democráticos e humanistas, ao povo do Brasil e às forças militares que detenham qualquer aventura de Jair Bolsonaro, em coordenação com Donald Trump, contra a Venezuela”, pediu Maduro durante uma reunião com prefeitos e governadores no Palácio de Miraflores, em Caracas.
De acordo com o presidente venezuelano, Bolsonaro “foi convocado à mansão do [líder norte-americano] Donald Trump em Miami” para debater sobre a Venezuela “como único tema” na agenda. O encontro está programado para ocorrer neste sábado (7) na residência de Mar-a-Lago, na Flórida.
“Da Casa Branca, foi decidido um plano para trazer guerra, terrorismo, para desestabilizar e encher a Venezuela de violência, para escalar um conflito armado e justificar uma intervenção militar em nosso país”, denunciou o líder bolivariano.
Durante o evento, Maduro também pediu “máxima difusão” da campanha “As sanções são um crime”, que busca mostrar os danos causados pelas ações de Washington contra Caracas. Para o presidente venezuelano estas medidas coercivas dos EUA são “um desprezo supremacista e racista” contra o seu país.
Na Casa Branca se decidiu um plano terrorista para tentar desestabilizar a Venezuela. Contudo, temos a capacidade de enfrentar todas as dificuldades com inteligência, coragem, estratégia, capacidade de luta e utilização da força. Esse é e será o nosso sucesso!
Segundo o governo venezuelano, estas sanções causaram prejuízos equivalentes a US$ 40 bilhões (R$ 185 bilhões).
No dia 5 de março, Bolsonaro decidiu que os representantes diplomáticos venezuelanos no Brasil deveriam deixar o país e, se não o fizessem, seriam expulsos.
Assim como os Estados Unidos, Bolsonaro reconhece o autodeclarado presidente interino Juan Guaidó como mandatário legítimo da Venezuela.