Conflito entre tropas da Armênia e do Azerbaijão na região de Nagorno-Karabakh deixou ao menos 16 militares mortos e mais de 100 feridos do lado armênio, segundo disse neste domingo (27) o Ministério da Defesa do país.
A porta-voz do Ministério da Defesa da Armênia, Shushan Stepanyan, publicou as informações nas redes sociais, citando Artur Sarkisyan, o vice-ministro da Defesa da República de facto de Artsakh, também conhecida como Nagorno-Karabakh.
“Os dados preliminares são de 16 pessoas mortas e mais de 100 feridas no lado armênio”, diz a publicação.
Na manhã deste domingo (27), uma escalada de tensões se desdobrou em um conflito na região de Nagorno-Karabakh, uma área autônoma entre a Armênia e o Azerbaijão. A região tem maioria armênia e proclamou em 1991 da então República Soviética do Azerbaijão.
Durante a escalada de conflitos desde domingo (27), o Azerbaijão lançou o que descreveu como uma “contra-ofensiva”, enquanto a autoproclamada República de Artsakh acusou as forças azerbaijanas de abrir fogo contra civis e contra a infraestrutura civil de sua capital, Stepanakert.
A ação militar continua enquanto países e organizações internacionais apelam às partes do conflito para que haja um cessar-fogo imediato e que as partes abram diálogo.
Lei marcial e reconhecimento da região
Mais cedo, o parlamento do Azerbaijão aprovou a introdução de lei marcial em diversas regiões do país em resposta à escalada das tensões na região, segundo informações de um correspondente da Sputnik. Entre as regiões estariam a capital Baku, as cidades de Ganja, Yevlakh, Goygol.
Mais cedo, o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, declarou que governo armênio também decretou lei marcial e mobilização geral devido aos conflitos. Durante a reunião de emergência do parlamento armênio para declarar lei marcial parcial, Pashinyan afirmou ainda que Erevan considera reconhecer a República de facto de Artsakh, conhecida como Nagorno-Karabakh, assim como considerava anteriormente.
“Respondendo sua questão sobre se o reconhecimento está em nossa agenda, sim, da mesma forma como costumava estar em nossa agenda, ainda está. A segunda questão, sobre se vamos dar esse passo, teremos que discutir de maneira discutir de forma muito séria”, disse Pashinyan, acrescentando que “todas as possibilidades e todos os cenários sobre os desdobramentos estão sendo discutidos”.