O ex-presidente norte-americano Donald Trump afirmou que a Terceira Guerra Mundial é possível, avisando que o conflito em torno de Taiwan pode se seguir à crise ucraniana.
“Podemos chegar à Terceira Guerra Mundial porque somos liderados por pessoas incompetentes. E esta guerra será pior do que qualquer outra guerra na história, porque temos armamento nunca visto por ninguém antes”, pronunciou Trump ao discursar durante uma convenção dos conservadores no Texas.
Trump voltou a defender que, caso tivesse sido eleito presidente em 2021, o conflito na Ucrânia nunca teria sido desencadeado.
“A China com Taiwan serão os próximos. Isto também nunca teria acontecido”, acrescentou.
Ao longo da convenção, o ex-líder da Casa Branca também afirmou que a visita de Nancy Pelosi a Taiwan apenas favoreceu o lado chinês. Além disso, ele não evitou referir a sua adversária política jurada, Nancy Pelosi, que duas vezes tentou cessar o seu mandato através de impeachment, dizendo que ela “transforma em mal tudo o que toca”.
“Essa mulher semeia o caos. Foi isso que aconteceu […] Ela jogou a favor deles [dos chineses], porque agora eles têm um pretexto para fazer o que estão fazendo”, disse.
Mais cedo, comentando a imagem dos próprios Estados Unidos em um mundo em transformação, Trump classificou os EUA como “país do terceiro mundo”.
“Em muitos aspectos somos uma nação do terceiro mundo. Somos um país cuja economia está falhando, cujas cadeias de suprimento foram rompidas, cujas lojas estão vazias e onde as encomendas não chegam aos destinatários, cujo sistema educacional está no final de qualquer lista”, defendeu o político.
Segundo Donald Trump, os EUA já não são “respeitados e ouvidos no mundo”. O ex-líder norte-americano se referiu à inflação mais alta em 40 anos e aos preços da energia mais altos na história.
“Somos uma nação que em muitos aspectos se converteu em uma piada”, acrescentou.
A situação em torno de Taiwan se agravou depois da visita à ilha da presidente da Câmara dos Representantes norte-americana Nancy Pelosi. A China seguiu com medidas de retaliação, cortando seus contatos com os EUA, incluindo por via militar, além de iniciar exercícios de grande escala com lançamento de mísseis. Os EUA enviaram à região um grupo de ataque de porta-aviões, prometendo voos demonstrativos de aeronaves e passagens de navios de guerra através do estreito de Taiwan.