A missão permanente iraniana na ONU alertou nesta terça-feira (31), após o recente ataque de drones na província de Isfahan, supostamente realizado por Israel, que Teerã consideraria qualquer ação militar dos EUA contra o Irã como uma declaração de guerra que acarretaria medidas de retaliação.
“Na perspectiva do Irã, o uso da opção militar em qualquer nível significa a entrada dos EUA na guerra. Por enquanto o Irã considera essa possibilidade fraca”, disse a missão diplomática à revista Newsweek.
Teerã também disse que se os EUA “calcularem mal e começarem uma guerra”, então Washington será responsável pelas consequências de tal conflito “para a região e o mundo”, informou a mídia.
Acrescenta-se também que, neste caso, o Irã será capaz de garantir sua própria segurança e defender os interesses do país. Washington até agora negou qualquer envolvimento no recente ataque ao Irã.
“Vimos os relatos da imprensa, mas podemos confirmar que nenhuma força militar dos EUA conduziu ataques ou operações dentro do Irã. Continuamos a monitorar a situação, mas não temos mais nada para fornecer”, disse um porta-voz do Pentágono citado pela revista.
No sábado à noite (28), uma explosão ocorreu na cidade de Isfahan em uma das empresas do Ministério da Defesa iraniano. Alegadamente, minidrones atacaram um depósito de munição.
Não foram registradas quaisquer vítimas. Na mesma noite, uma explosão e um incêndio subsequente ocorreram em uma fábrica de produção de óleo industrial na cidade de Azarshahr, no noroeste do Irã.
The Wall Street Journal informou, citando funcionários dos EUA, que Israel esteve por trás do ataque com drones.