O Irã alertou que irá retaliar em larga escala contra qualquer possível ataque dos EUA após os EUA e a Arábia Saudita acusarem a República Islâmica do Irã de bombardear as instalações da petrolífera saudita Saudi Aramco, informou a agência iraniana Tasnim.
“Se os americanos pensarem em alguma conspiração, responderemos do Mediterrâneo ao Mar Vermelho e ao Oceano Índico“, disse o general Yahya Rahim Safavi, conselheiro do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, na sexta-feira.
Safaví, que liderou os corpos da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã entre 1997 e 2007, também alertou Donald Trump que “ele enfrentará o mesmo destino dos seis presidentes anteriores que não impuseram sua vontade política à nação iraniana”, referindo-se às administrações desde o 39º presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, que rompeu relações diplomáticas com o país persa em 1980. Desde então, ambas as partes oficialmente não têm laços diplomáticos formais.
Nova rodada de tensões
As relações entre Washington e Teerã se deterioraram ainda mais em 14 de setembro, quando as refinarias da principal companhia petrolífera saudita sofreram um incêndio após um ataque de drone do qual os EUA e a Arábia Saudita acusam o Irã.
A República Islâmica rejeita essas acusações, chamando-as de “engano máximo”. Teerã insiste que por trás da ação estão os rebeldes iemenitas houthis, que lutam contra a coalizão militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen e assumiram a responsabilidade pelo ataque.
No início desta semana, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, viajou para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos para “coordenar esforços para combater a agressão iraniana na região” com os líderes de ambas as nações árabes.
“Estamos aqui para construir uma coalizão com o objetivo de alcançar a paz e uma solução pacífica” para as “ameaças” do Irã, disse ele a repórteres ao final dessas reuniões.
Fonte: RT.