O Sudão enviou “importantes reforços militares” na fronteira com a Etiópia, dias depois que o Exército e milícias etíopes fizeram uma emboscada para soldados sudaneses, indicou a agência oficial Suna neste sábado (19).
“As forças armadas sudanesas continuaram avançando nas linhas de frente no interior de Al-Fashaqa”, no Sudão, afirmou a agência sudanesa, destacando que foram enviados importantes reforços ao longo da fronteira nessa região, eminentemente agrícola.
Nessa região, geralmente há incidentes com agricultores etíopes que cultivam no território, reivindicado pelo Sudão.
O chefe do exército sudanês, o general Abdel Fatah Al-Burhan, que também preside a máxima instância executiva do país, realizou uma visita de três dias na área, onde o exército registrou quatro baixas –incluindo a de um oficial– e 27 feridos, segundo a mídia sudanesa.
Na última segunda-feira (14) o governo dos Estados Unidos retirou o Sudão da lista de países que apoiam o terrorismo. Com a medida, aumentam os estímulos para investimentos estrangeiros no Sudão. Até esta segunda-feira, outros países estavam impedidos de fazer negócios e investir no Sudão, sob pena de sanções.
Washington incluiu o país na lista em 1993, depois de acusar o então presidente sudanês, o islamista Omar al Bashir, de ter relações com “organizações terroristas” como a Al-Qaeda, cujo líder, Osama bin Laden, se hospedou no país nos anos 1990.
Fonte: AFP.