No dia 3 de janeiro, um adolescente de 13 anos colocou fogo em uma igreja na vila de Tamboul, estado de Al Jazira, situada cerca de 140km da capital do Sudão, Cartum. A igreja é usada em conjunto pela Igreja de Cristo no Sudão (SCOC, da sigla em inglês) e Igreja Evangélica Presbiteriana do Sudão (SPEC, da sigla em inglês). Fontes locais dizem que o garoto retirou combustível de uma motocicleta e jogou contra a capela antes de incendiá-la. O fogo consumiu toda a área da igreja e o jovem também sofreu queimaduras em uma das mãos.
A polícia o levou sob custódia, mas até agora não houve acusações contra o menor. Os muçulmanos locais afirmaram que esse foi apenas um ato infantil e não intencional, mas os líderes da igreja acreditam que o adolescente foi pressionado por extremistas para realizar esse ato. A SCOC e a SPEC costumavam realizar cultos em outro local. No entanto, após a separação do Sudão do Sul em 2011, o proprietário do edifício o vendeu. Foi quando a SCOC e a SPEC construíram juntas a pequena capela que foi incendiada.
Um líder da igreja disse que será muito difícil reconstruir a igreja, diante da atual situação econômica do país, porque os materiais de construção são muito caros e a maioria dos membros são trabalhadores rurais de baixa renda e pequenos comerciantes. “O Sudão fez grandes progressos na melhoria da situação dos direitos humanos, e fomos encorajados pelas recentes mudanças legislativas para garantir a liberdade de religião ou crença. No entanto, incidentes como esses mostram que, no nível da sociedade, muitas mudanças ainda precisam acontecer antes que a minoria cristã do Sudão seja capaz de adorar a Deus em total liberdade e sem intimidação”, comentou um parceiro local da Portas Abertas.
Pedidos de oração
- Ore pelos líderes das igrejas, para que sejam visitados e encorajados por Deus a continuarem o ministério, mesmo diante da perseguição.
- Interceda pelos extremistas do país, para que Cristo aja com amor nos corações, trazendo transformação para a vida deles.
- Clame pelas autoridades locais, para que levem o caso a sério e concluam as investigações, punindo os culpados.