*Conteúdo sensível: violência extrema, decapitação.
A Portas Abertas está pedindo uma investigação internacional independente sobre o suposto massacre de 70 cristãos em 15 de fevereiro de 2025, no vilarejo de Kasanga, na República Democrática do Congo. Segundo relatos iniciais, militantes das Forças Democráticas Aliadas (ADF) teriam invadido uma igreja local, onde mantiveram dezenas de pessoas sequestradas antes de assassiná-las brutalmente. Entre as vítimas estariam mulheres, crianças e idosos, com relatos mencionando decapitações.
“Nossas próprias investigações revelaram evidências esmagadoras de um sequestro em massa e evidências suficientes de um massacre para justificar que a comunidade internacional pressione por uma investigação independente e completa, e que o governo conceda acesso irrestrito aos investigadores. O silêncio ou seguir em frente sem esclarecer aos familiares que esperam notícias de seus entes queridos não é uma opção”, afirma Jo Newhouse (pseudônimo), porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana.
Forçados a fugir da violência
Moradores relataram luto nas comunidades e o enterro de corpos encontrados na igreja. “Começamos a viagem naquela mesma noite. Não levamos nossos pertences. Viemos de mãos vazias. Dormimos no caminho para Kasimba quando as crianças estavam cansadas. É verdade, as pessoas desapareceram. Não sabíamos o número exato, mas eram muitas. Os outros foram pegos em Mayba, Kasanga, Kasusu”, conta um cristão de 43 anos do vilarejo de Mayba.
Outro ancião de Matuna disse: “Essa informação de que pessoas foram mortas é verdadeira. Houve uma estação de rádio que comunicou sobre isso. É verdade. Pessoas foram mortas em uma igreja. Encontrei uma pessoa que viu os corpos, e duas famílias organizaram um velório para os que foram encontrados na igreja, já mortos”.
“Ouvimos que houve uma grande matança lá. Eles mataram. Isso foi o que levou as pessoas a deixarem o lugar. Sim, ou seja, os assassinos das ADF entraram naquele lugar. E mataram. Muitos dos nossos cristãos foram mortos. E os outros foram levados. Então, não sabemos se foram mortos nos lugares para onde foram levados”, contou um pastor local.
“Como organização sem fins lucrativos, não temos os recursos, a expertise ou o acesso para conduzir uma investigação mais aprofundada sobre essas alegações. Sabemos que não haveria notícia melhor para as famílias afetadas do que ouvir que tudo isso foi uma farsa, e que seus entes queridos capturados ainda estão vivos e podem encontrar um caminho para a liberdade por meio de resgate ou fuga”, conclui Jo Newhouse.
O caso é parte de um padrão crescente de violência contra civis na região leste da República Democrática do Congo, onde o grupo ADF tem atuado com brutalidade. Os ataques recorrentes obrigam seguidores de Jesus a fugir também em diversas partes da África Subsaariana.
Clame pelos cristãos deslocados pela violência no DIP 2025
Daqui a dois dias (15 de junho) acontecerá o maior movimento de oração na América Latina pelos cristãos perseguidos. Organize o Domingo da Igreja Perseguida (DIP) 2025 e mobilize sua igreja a orar pelos milhares de cristãos forçados a fugir por causa da violência que precisam de ajuda.