No Catar, país da Península Arábica que ocupa a 38ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, a religião do Estado é o islamismo wahabi conservador. Não muçulmanos podem apenas cultuar em casas ou em lugares designados. Proselitismo é contra a lei e pode acarretar em condenações de até dez anos de prisão. Qualquer crítica ao islã é punida e a conversão do islamismo a outra religião é apostasia, sendo proibida e socialmente inaceitável. Combinados com a islã, normas e valores tribais são impostos aos cristãos.
Como uma monarquia absolutista, o outro tipo de perseguição é a paranoia ditatorial. O governo criou um estado de bem-estar com muitos benefícios financeiros para os cidadãos do país. Em troca, o governo espera obediência e não permite nenhum tipo de oposição.
Devido ao baixo número de nacionais comparado ao número de estrangeiros no país, o governo tenta manter o país islâmico. Embora cristãos estrangeiros que moram no país sejam relativamente livres para praticar a fé, o governo monitora todas as atividades. Há um bom policiamento no país e os cristãos estrangeiros precisam ser cuidadosos para não serem expulsos.
O tribalismo ainda tem um papel muito importante na sociedade do Catar, apesar da chegada da moderna arquitetura e da tecnologia. Há uma contínua influência e reforço de normas e valores antigos. Assim como em outras partes do Oriente Médio, religião está ligada à identidade familiar.
Assim, abandonar o islã é visto como uma traição à família. No geral, famílias pressionam os convertidos para retornar ao islã, sair da região ou não falar sobre a nova fé. Em muitos casos, os cristãos ex-muçulmanos são separados da família como resultado da conversão.
Fonte: Portas Abertas.