O Ministério das Relações Exteriores taiwanês criticou nesta 5ª feira (11.jan.2024) a “interferência recorrente” da China nas eleições presidenciais do país. O pleito está marcado para sábado (13.jan).
Joseph Wu, ministro dos Negócios Estrangeiros, afirmou que Pequim tenta “intimidar descaradamente a população taiwanesa e a comunidade internacional”. Em uma publicação no X, ele escreveu que os chineses deveriam “parar de mexer com as eleições de outros países e realizar as suas próprias”.
A fala segue uma declaração do governo da China nesta 5ª (11.jan) que afirmou que a eventual vitória de Lai Ching-te, atual vice-presidente, para a Presidência representaria um “grave perigo”.
O partido de Lai defende a autonomia e independência da ilha em relação ao país liderado por Xi Jinping. Já os partidos de oposição são favoráveis a estreitar os laços com Pequim.
Taiwan é para a China uma de suas questões mais delicadas. Desde o fim da década de 1940, quando a ilha passou a ser governada de forma independente, depois de uma guerra civil, a relação entre Taipé e Pequim passa por diversos momentos de tensão.
A China considera a ilha como parte de seu território, na forma de uma província dissidente. Na interpretação chinesa, se a ilha tentar sua independência, deve ser impedida à força.
A tensão entre China e Taiwan ficou mais acentuada em 2022, com o estreitamento dos laços da ilha com os Estados Unidos –em especial depois que a então presidente da Câmara norte-americana, Nancy Pelosi, visitou Taiwan no começo de agosto. Durante sua estada em Taipé, Pequim realizou uma série de operações militares conjuntas ao redor da ilha.
Ainda nesta 5ª feira (11.jan), a representantes do presidente norte-americano Joe Biden afirmaram que os EUA vão enviar “uma delegação informal” a Taiwan depois das eleições presidenciais de sábado (13.jan).
Um alto funcionário da administração do democrata afirmou que a viagem é a “forma mais eficaz” de envolver o novo governo taiwanês e transmitir a política dos EUA na região.
Fonte: Poder 360.